Não costumo ter muita dúvida entre comprar traduções ou originais (quando possível). Se o livro é em inglês - mesmo os mais bobos - prefiro de longe o original. Em todas as outras línguas - já que só sei duas - prefiro as traduções. Em caso de poesia, edições bilíngües, mesmo que em aramaico. Se o alfabeto é conhecido, dá para ter noções melhores do ritmo e rimas que apenas com a tradução.
No caso de Finnegan´s Wake de James Joyce, a escolha não é tão simples.
Fico com medo de comprar o original e ele ser tão incompreensível que eu não entenda nada. Ou - já que entender não é exatamente o ponto - que não consiga desfrutar os jogos de palavras que compôem o livro. Por isso às vezes penso em comprar a tradução.
O problema - bem maior que a diferença de preço - é que ainda não vi nenhum trecho da tradução, que está sendo feito e publicada em volumes, que me agradasse. Donaldo Schüler optou por uma recriação, transportando as referências para a cultura brasileira. Não sei se é isso que quero.
E "riocorrente" é bem mais legal que "rolarrioana". (RSF)